thoughts

Aqueles que se foram

Quando, na calada da noite, nos deitamos para dormir, somos assaltados por um pensamento que começa como uma simples conjectura, mas que logo tranforma-se num martírio sem fim. O que faremos quando voltarmos à rotina? Como aturaremos o olhar que nos fulmina quando nos encaramos no espelho? Aquela pessoa que viveu, viu e partilhou de momentos difíceis de explicar; aquela alma que já não se diz pura tampouco inocente; aquele brilho apagado que não nos mostra caminho algum… Tudo isso, todas essas coisas serão características absolutamente insignificantes perto da imensidão do vazio que estende sobre nós.

Sem Dúvida

Com essa maré de notícias ruins que tá assolando o mundo, fica difícil saber o que dizer quando tento explicar, pra mim mesmo, o que anda acontecendo no Brasil. Não dá pra entender, não dá pra saber, mas mais do que isso: não dá pra acreditar. Eu poderia falar sobre a burrice generalizada que está brotando nas pessoas, mas aí eu iria soar um pouco presunçoso, e isso não é uma coisa boa, né?

Dreaming...

Back then, I still wanted to write something. Back then, life was different, and I had another view of myself and of others. Back then, my house of cards was still standing, giving the impression that it was safe and sound, that its foundation was solid, and that nothing would shake it. But that was back then. Right now, I have lost my will and my power to concentrate, to focus on what really matters, because what really matters is still undefined.

Fazendo a Diferença

Deu saudade de escrever em português :-). E deu saudade, também, de fazer algum post mais “filosófico”. Não sei dizer o porquê, mas às vezes tenho uma mania besta: gosto de ficar procurando “sarna pra me coçar”. Em outras palavras, eu fico procurando coisas que me deixam mal, mesmo sabendo que vou ficar mal depois de vê-las. Não tenho explicação pra esse comportamento. É algo meio sabotador, meio sofredor, meio… Não sei.

The GNU Radical

A friend of mine, Blaise, once told me not to introduce myself as “… what you would call a radical…”. He had listened to me talking to a person who were questioning what a Free Software activist does. My friend’s rationale, to which I totally agree, is that you must let the other person decide whether she thinks you are a “radical” or not. In other words, if you say you are a “radical” from the beginning, it will probably induce the other person to a pre-judgement about you, which is not good for you and for her.

Brasil em Conserva

As eleições brasileiras já acabaram, e talvez eu devesse me sentir mais à vontade pra falar do assunto do que realmente me sinto. Não sei, mas tenho a impressão de que, dessa vez, as coisas aconteceram de um modo um pouco diferente do que o de costume. Aliás, não acho que tenha sido “coisa de momento”, e tampouco acho que seja uma exclusividade brasileira: as pessoas estão ficando mais conservadoras, mais “endireitadas”.

Respectful Software

To what extent should Free Software respect its users? The question, strange as it may sound, is not only valid but also becoming more and more important these days. If you think that the four freedoms are enough to guarantee that the Free Software will respect the user, you are probably being oversimplistic. The four freedoms are essential, but they are not sufficient. You need more. I need more. And this is why I think the Free Software movement should have been called the Respectful Software movement.

FISL 15: Impressões, opiniões e discussões

Após quase 1 mês, cá estou pra compartilhar minhas impressões a respeito do FISL 15, que aconteceu em Porto Alegre, RS, entre os dias 7 e 10 de Maio de 2014. Antes de mais nada, gostaria de fazer um pequeno “jabá”. Acho que mereço, por conta do trabalho que tive pra fazer isso (já explico) dar certo! Estou falando da palestra do Diego Aranha, que foi um dos destaques dessa edição do evento.

Being Permissive, the new Popular

This post is massively inspired by a post in the gnu-prog-discuss mailing list. This is a closed list of the GNU Project, and only GNU maintainers and contributors can join, so I cannot put a link to the original message (by Mike Gerwitz), but this topic is being discussed over and over again at many places, so you will not have trouble finding similar opinions. I am also “responding” to a recent discussion that I had with Luiz Izidoro, which is a “friend” (as he himself likes to say) of the LibrePlanet São Paulo group.

Zeladores da Coerência

Sei que ainda estou devendo um post sobre minha participação no FISL 15, mas o tempo anda meio curto pra falar tudo o que eu quero. Tenho decidido falar de maneira mais “picada”, até pra não fazer o texto ficar muito chato. E esse post aqui é sobre um comportamento que vejo há algum tempo, mas que foi exacerbado por conta do debate sobre a suposta morte do movimento Software Livre no Brasil.

Privacy as a Collective Good

It has been a while since I wanted to write about this subject. At many presentations that I gave during these last 2 years, I used the expression in the title in order to try to raise more awareness about why we should take care of our privacy (and maybe everyone’s). But what does it really mean? First of all, this article is not a copy of Benjamin Mako’s Google Has Most of My Email Because It Has All of Yours.

A Droga do Crédito

É uma droga querer crédito por algo. Alguns dizem que é seu direito, dado que você efetivamente tenha feito aquilo pelo qual está pedindo crédito; por outro lado, pessoas com almas supostamente mais evoluídas nos ensinam que o prazer em se fazer algo está contido no ato de fazê-lo, e não no crédito que nos é dado após a realização da tarefa. Quem está certo? O que funciona pra você?

Reflexões de um ativista -- Parte 02

Ainda não sei se estou preparado pra enfrentar a segunda parte dessa “série”, mas também não adianta fugir… O que eu sei é que essas reflexões podem não ser condizentes com a realidade (ou com a sua realidade), e que talvez eu esteja exagerando (ou aliviando) nas minhas observações, mas em todo caso eu espero que seja possível para você, querido leitor, traçar alguns paralelos com o seu modo de ver o mundo, e, quem sabe, mudar algo na sua região.

About coherence, Twitter, and the Free Software Foundation

The Free Software Foundation has a Twitter account. Surprised? So am I, in a negative way, of course. And I will explain why on this post. You may not agree with me on everything I write here, and I am honestly expecting some opposition, but I would like to make it crystal clear that my purpose is to raise awareness for the most important “feature” an organization should have: coherence.

Reflexões de um ativista -- Parte 01

Nesse último fim de semana, durante os dias 20 e 21 de Setembro (sexta-feira e sábado, respectivamente), ocorreram dois eventos sobre Software Livre na UNICAMP. Um deles, o Upstream, foi um “evento teste” que ajudei a organizar junto com o Cascardo e o Leonardo Garcia, ambos do LTC/IBM. O outro, o Software Freedom Day (SFD), eu organizei em nome do LibrePlanet São Paulo. Durante os dois eventos (e principalmente durante o SFD) eu fiquei pensando e refletindo bastante sobre vários assuntos relacionados (ou não) com o Software Livre.

A era da mediocridade

Eles escrevem em paredes. Mas são digitais, dentro de muros ainda mais altos, controlados por uma ou mais empresas, tendo a ilusão de ótica de estarem se organizando por um bem maior, quando na verdade não passam de fantoches. Seja bem vindo ao planeta Terra, ano de 2013, século XXI. Vou falar um pouco sobre o que está acontecendo nesta realidade em que, fortuitamente ou não, estou inserido – mesmo sem participar.