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Aqueles que se foram

Quando, na calada da noite, nos deitamos para dormir, somos assaltados por um pensamento que começa como uma simples conjectura, mas que logo tranforma-se num martírio sem fim. O que faremos quando voltarmos à rotina? Como aturaremos o olhar que nos fulmina quando nos encaramos no espelho? Aquela pessoa que viveu, viu e partilhou de momentos difíceis de explicar; aquela alma que já não se diz pura tampouco inocente; aquele brilho apagado que não nos mostra caminho algum… Tudo isso, todas essas coisas serão características absolutamente insignificantes perto da imensidão do vazio que estende sobre nós.

Don't come here

If you’re brazilian, don’t come here. If you voted for the president-elected, don’t come here. If you think it’s better to have a dead son than a gay son, don’t come here. If you think it’s OK to kill first and ask later (or perhaps don’t even ask), don’t come here. If you would like to say the things he said, don’t come here. If you think he didn’t really mean what he said, don’t come here.

Sem Dúvida

Com essa maré de notícias ruins que tá assolando o mundo, fica difícil saber o que dizer quando tento explicar, pra mim mesmo, o que anda acontecendo no Brasil. Não dá pra entender, não dá pra saber, mas mais do que isso: não dá pra acreditar. Eu poderia falar sobre a burrice generalizada que está brotando nas pessoas, mas aí eu iria soar um pouco presunçoso, e isso não é uma coisa boa, né?

Combater

Às vezes, é preciso combater. É preciso dizer que o outro está errado, que ele está falando besteira sobre um assunto que não conhece (e não quer conhecer). É preciso dizer o que é ético, o que é certo. É preciso discernir tudo o que é errado e anti-ético, imoral, e que faz mal. É preciso combater o ódio, muitas vezes com amor, outras tantas com força e integridade. É preciso falar praquele ignorante que ele não sabe o que é Software Livre.

Brasil em Conserva

As eleições brasileiras já acabaram, e talvez eu devesse me sentir mais à vontade pra falar do assunto do que realmente me sinto. Não sei, mas tenho a impressão de que, dessa vez, as coisas aconteceram de um modo um pouco diferente do que o de costume. Aliás, não acho que tenha sido “coisa de momento”, e tampouco acho que seja uma exclusividade brasileira: as pessoas estão ficando mais conservadoras, mais “endireitadas”.

A falta de uns Quaresmas

É preciso ter paciência pra viver nesse país. Vejo duas aglomerações que se juntam, misturadas ou não, nesse mar de reclamações. A primeira, composta por pessoas que reclamam do Brasil, e querem sair do país de qualquer modo. Vislumbram-se diante de qualquer estrangeirismo, viajam para o exterior e voltam querendo viver lá (dizendo que querem aprender uma nova cultura, mas na verdade querendo fugir das terras tupiniquins), espumam de raiva quando falam dos problemas daqui, e, às vezes, sentenciam: esse país não tem jeito.